Brasil amplia discussão sobre as dragagens

A Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA) e o Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI) promoveram ontem (01/10) o evento “Ordem do dia: dragagens”. Um dia inteiro de debates, envolvendo representantes do setor público e privado. O plano nacional de dragagem, capacidades nos portos e hidrovias, concessões e parcerias público-privadas (PPPs) de acessos aquaviários foram pontos centrais da discussão.
Esse é um assunto de suma importância para a pauta econômica e de infraestrutura. Isso porque o Brasil busca mais eficiência e competitividade em seus portos, que promovem o escoamento de exportações e importações.
É válido ressaltar que a dragagem - operação de desobstrução, remoção de sedimentos do fundo de rios e portos e alargamento - é necessária para manter a profundidade adequada para a navegação de grandes embarcações. Por meio dela, portos podem receber navios de grandes proporções, aumentando assim o volume da carga transportada em cada embarcação e reduzindo consideravelmente custos logísticos. O país pode também se tornar mais competitivo, considerando que outros países têm investido sistematicamente em infraestrutura portuária. No âmbito da navegação interior, o serviço de dragagem é capaz de transformar rios navegáveis em verdadeiras hidrovias.
Segundo o presidente da Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), eventos como esse são fundamentais para que o Brasil tenha uma infraestrutura forte. “Para que o Brasil tenha um plano de dragagens eficiente e competitivo, é preciso uma união de esforços entre entidades públicas, parlamento, atores privados, representantes da academia e instituições. Acreditamos que é através do diálogo e do debate de temas complexos, de difícil solução como esse, que conseguiremos construir propostas sólidas para o enfrentamento dos entraves.”
Na opinião do Diretor do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), Mário, Povia, neste momento, os dois tipos de dragagem merecem providências: a dragagem de manutenção e a dragagem de aprofundamento. “Para endereçar a solução deste tema, precisaremos recorrer a um mecanismo de governança mais adequado para as Autoridades Portuárias e buscar recursos privados para investimentos”, destaca.
O evento reuniu nomes importantes: Mariana Pescatori, Secretária Executiva do MPor; Alex Ávila, Secretário de Portos do MPor; Erick Moura, Diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT; Flávia Takafashi, Diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ); Dino Antunes, Secretário Nacional de Hidrovias.
Na iniciativa privada, executivos de grandes players do setor portuário integraram a mesa: Daniel Kohl, Diretor de Desenvolvimento e Negócios da DTA Engenharia; Dieter Dupuis, Diretor-Geral da Jan De Nul no Brasil e Disney Barroca Neto, Diretor-Executivo da DEME.