O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) chegou cedo ao local do incêndio de grandes proporções que atingiu a comunidade do Caminho São Sebastião para acompanhar de perto a situação. O parlamentar acionou imediatamente o Estado e a União visando a concentração de esforços no auxílio às cerca de 250 famílias desamparadas em função do ocorrido na manhã desta sexta-feira (1). A comunidade é uma área de palafitas localizada na região do Dique da Vila Gilda, no bairro Rádio Clube, Zona Noroeste de Santos. Uma pessoa faleceu e duas ficaram feridas.

“Pedimos, a todas as esferas, ajuda humanitária e emergencial às famílias afetadas pelo fogo, além da liberação de recursos para viabilizar políticas públicas de habitação, que darão dignidade e segurança a essa comunidade”, declarou Paulo Alexandre.

O deputado se mostrou indignado com a situação e agiu de prontidão articulando uma reunião para tratar de políticas habitacionais com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB-SP), o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB-PA), e o prefeito de Santos, Rogério Santos (REPUBLICANOS-SP).

“Não é possível que, em pleno Século XXI, a gente ainda tenha que conviver com esse tipo de ocorrência. Essas famílias perderam tudo. Os governos precisam se sensibilizar com essa situação e auxiliar as cidades a acabar com as moradias de risco, como é o caso das palafitas. Vamos trabalhar firme por isso e a reunião será de extrema importância para trilhar caminhos de soluções efetivas e permanentes”, finalizou Barbosa. 

O fogo começou por volta das 7h, mobilizando 15 viaturas e 46 profissionais do Corpo de Bombeiros, bem como 30 agentes da Defesa Civil e órgãos como a CET, Polícia Militar, Polícia Civil e Sabesp. O trabalho de combate às chamas foi dificultado em razão da vulnerabilidade da área atingida e pelas características da região.

O Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil Estadual informou que enviará apoio à cidade, incluindo assistência humanitária - as equipes trarão kits de higiene, dormitório, limpeza e cesta básica. A Prefeitura Municipal já iniciou o plano de ação, que envolve a abertura do Restaurante Bom Prato de forma gratuita, o cadastramento das famílias que estão desabrigadas e mobilização de espaços para alocá-las, bem como campanha de doação de itens essenciais para o Fundo Social de Solidariedade, além de outras medidas.

“São uma série de ações emergenciais que estão sendo tomadas neste momento e, mais tarde, ouviremos todas as secretarias municipais para definir os próximos passos. Também estamos em contato com o governador Tarcísio de Freitas e o deputado Paulo Alexandre já acionou o vice-presidente Geraldo Alckmin para buscar apoio a essa situação”, afirmou o prefeito de Santos, Rogério Santos.

COMO AJUDAR?

O Fundo Social de Santos reúne doações de roupas, cobertores, alimentos não perecíveis, materiais de higiene, colchões e água, que podem ser depositados na sede do órgão, na Avenida Conselheiro Nébias, 388, na Encruzilhada, ou no Centro Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste, situado à Rua Fausto Felício Brusarosco, s/nº, no Castelo.

HISTÓRICO

A Vila Gilda é considerada a área com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Santos e uma das mais vulneráveis do país. Mais de 3,5 mil famílias vivem na região, segundo o IBGE. Este é o sexto incêndio de grande porte registrado na comunidade desde 2001.

PARQUE PALAFITAS

Iniciado durante o mandato de Paulo Alexandre Barbosa como prefeito de Santos, o projeto-piloto do Parque Palafitas saiu do papel em 2025 e encontra-se em fase de construção. Serão erguidas 60 unidades habitacionais no Dique da Vila Gilda, proporcionando moradia digna a dezenas de famílias que hoje habitam submoradias. O objetivo do projeto é estabelecer uma nova forma de ocupação nas áreas de mangues, promovendo o bem-estar dos moradores e a recuperação ambiental, evitando assim que desastres como este voltem a ocorrer. 

Outros dois conjuntos habitacionais também destinados aos atuais moradores de palafitas contaram com contribuição do deputado: O Santos AB - Prainha II, com 574 moradias, que está sendo construído no Bom Retiro, cujo projeto também foi iniciado no então governo de Paulo Alexandre como prefeito de Santos, bem como o novo conjunto habitacional que será erguido na Areia Branca, com 864 unidades habitacionais, cujo recurso para sua concretização foi viabilizado pelo parlamentar no Congresso Nacional, através de articulação junto ao Senado e à Câmara Federal - o trabalho resultou na maior operação financeira da história de Santos.