Deputado vê necessidade de quarta pista da Imigrantes
Orçada em pelo menos R$ 6 bilhões e com início das obras previsto para 2026, a terceira pista da Rodovia dos Imigrantes integrará o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) a partir de 2031. Isso se for cumprido o prazo previsto para a entrega. No entanto, uma das maiores obras viárias dos últimos tempos para a Baixada Santista já pode ser entregue sob defasagem. O alerta vem, principalmente, das previsões de crescimento do Porto de Santos para os próximos anos.
É com base nesses números que o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) já vê a necessidade do planejamento para uma quarta via. De acordo com o parlamentar, a expansão portuária justifica a abertura de mais vias de ligação com a região e, em paralelo, o planejamento das cidades diretamente envolvidas.
“Estamos falando de um complexo que movimenta cerca de um terço do PIB nacional. A projeção de crescimento do Porto de Santos aponta para recordes sucessivos nos próximos anos e, mesmo com a futura Terceira Pista, precisamos de mais fluidez nas rodovias da região. Defendo que esse debate comece de forma responsável e técnica”.
Paulo Alexandre diz que o traçado do que seria a quarta pista precisa ser pensado de forma estratégica, priorizando a integração com o Porto, a fluidez no Sistema Anchieta-Imigrantes e a redução dos impactos nas áreas urbanas e ambientais da região.
“Esse é um debate que precisa envolver os governos estadual e federal, a concessionária, técnicos especializados e as prefeituras da Baixada Santista”.
O parlamentar ainda alerta que as cidades diretamente envolvidas com o Porto (Santos, Guarujá e Cubatão) devem estar preparadas para o crescimento portuário, elaborando planejamentos que evitem o colapso no tráfego urbano.
“O crescimento do Porto precisa ser acompanhado de uma logística eficiente dentro e fora dos municípios. Por isso, saliento que o aumento do fluxo seja planejado com investimentos em infraestrutura viária, sistemas inteligentes de tráfego, expansão de acessos e incentivo ao transporte ferroviário e aquaviário. Santos, Guarujá e Cubatão não podem arcar sozinhos com esse impacto”.