Fim da escala 6x1 gera divergência entre deputados federais da Baixada Santista
Um levantamento feito com 203 dos 513 deputados federais pela Genial Pesquisas e pelo Instituto Quaest e noticiado, nesta semana, em meios de comunicação nacionais indica como esses parlamentares pensam sobre pautas discutidas no Congresso. Uma delas é a ideia de dar fim à escala 6x1, com seis dias trabalhados e um de folga, a respeito da qual 70% dos entrevistados foram contra. Outra é o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, com que 88% disseram concordar.
A coluna procurou os três deputados que representam a Baixada Santista — Carlos Alberto da Cunha, o Delegado Da Cunha (PP), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Rosana Valle (PL) — para saber que opiniões têm sobre esses dois assuntos. Por suas assessorias, disseram não ter sido procurados pelos pesquisadores. A questão da escala 6x1 teve respostas diversas. Da Cunha declarou ser contra seu fim, pois crê “na livre negociação entre patrão e empregados” e vê risco de impacto negativo a “setores do PIB nacional”, mas que é preciso tratar mais amplamente do tema. Barbosa avaliou que se deve avançar a um “modelo mais equilibrado, como a escala 5x2”, pois seria “mais justa e saudável” e com efeito positivo na produtividade.
Rosana achou “cedo” para se definir, pois a proposta ainda não passou por comissões temáticas nem tem texto final.
Isenção do IR
Ao tratar da proposta de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, os três se declararam favoráveis. Para Da Cunha, deveria ser para quem ganha até R$ 5 mil, por “justiça social e tributária”. Barbosa disse ter votado a favor de isentar quem ganha até dois salários mínimos e, ao citar o eventual limite de R$ 5 mil, o “avalia cuidadosamente”, para não “comprometer a sustentabilidade fiscal e os serviços públicos essenciais”. Rosana é “favorável”, pois “é uma justa e antiga reivindicação do contribuinte”.